Outrora, acreditei estar vivendo uma calmaria
No céu de minha mente, nada se precipitava,
Meus olhos, nublados pelo vazio de minh'alma
Guiavam minha Nau rumo ao Porto da Solidão.
Porém, um motim estava sendo tramado e,
em silêncio, no escuro de meu peito
meu Coração, o líder da vil revolta,
decidiu nos guiar à tormenta da paixão.
Durante meses a fio ele colocou seu plano em ação,
Promovendo pequenas alterações na rota,
dia após dia, em direção ao maremoto.
Quando, finalmente percebi seu plano,
Já enfrentava a tempestade e
não mais consegui encontrar a rota de fuga.
Como um comandante que aceita
a fatalidade do destino à sua frente,
Decidi que afundaria com o navio.
Porém, o que se seguiu, deixou,
mesmo este experiente marujo,
surpreso com seu desfecho.
Os olhos e o sorriso da pequena ilha descoberta
atuavam como um para-raios na tempestade da incerteza,
entregando algo calmo e sereno, porém profundo,
ancorado na sabedoria dos que sobreviveram aos temporais do existir.
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